quinta-feira, 28 de abril de 2011

A importância e a Influência da Pirâmide como Guia Nacional para Reeducação Alimentar

ISABELLA ALVES LEMES















A IMPORTÂNCIA E A INFLUÊNCIA DA PIRÂMIDE COMO GUIA NACIONAL PARA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

 




Artigo apresentado à Universidade de Franca, como exigência parcial, para aprovação no curso de Lato Sensu. Área de concentração: Terapia Nutricional.

Orientadoras: Prof. Ms.: Felícia Bighetti Sassarini.

Prof. Ms.: Maria Virgínia de Figueiredo Fedeiro do Couto Rosa.  





FRANCA
2011


A IMPORTÂNCIA E A INFLUÊNCIA DA PIRÂMIDE COMO GUIA NACIONAL PARA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR


THE IMPORTANCE AND INFLUENCE OF THE PYRAMID AS A GUIDE TO RETRAINING NATIONAL FOOD


Isabella Alves Lemes[1]



RESUMO

Analisando o aumento da população de sobrepesos e obesos, percebe-se a importância e a influência da pirâmide alimentar, sendo esta um guia adequado e eficiente para a prevenção e educação alimentar. Devido a isso, escolheu-se este tema, pois o mesmo é atual e muito usado na prática de profissionais nutricionistas. A pirâmide alimentar é o guia mais adequado? Esse guia realmente apresenta resultado quando usado na prática clínica? Que influência eles tem na educação alimentar? Apresenta resultados satisfatórios? O método através do qual será realizada essa pesquisa é o de revisão de literatura, através de busca de dados atualizados em revistas científicas, livros, sites e artigos científicos. Os conteúdos analisados para elaboração do trabalho e os autores são nacionais.  São processos metodológicos, analítico-sintético porque serão feitas várias leituras, reflexivo porque nos faz refletir sobre o assunto, descritivo porque nos faz descrever e entender mais sobre o tema, qualitativo porque leva em consideração a qualidade de vida, social porque fala sobre a sociedade em geral e comparativo porque compara vários autores. Para que a educação alimentar seja eficaz é necessário que ela seja iniciada o mais cedo possível, antes que as patologias, complicações e os sintomas comecem a aparecer. Portanto, uma dieta balanceada seguindo as orientações da pirâmide alimentar nacional, juntamente com a prática de exercícios físicos previne e ajuda a evitar o aumento da população de obesos e sobrepesos. O objetivo desta revisão de literatura será o de ampliar e divulgar o conceito e a importância do método educacional da pirâmide alimentar, ou seja, a educação alimentar, a fim de prevenir o aparecimento ou a prevalência de hábitos alimentares inadequados e como conseqüência a obesidade.

         Palavras-chave: alimentação; prevenção; pirâmide; guia; educação.



ABSTRACT


Analyzing the increase in population of overweight and obese, one realizes the importance and influence of the food pyramid, which is a guide to effective and appropriate prevention and nutritional education. Because of this, we chose this theme because it is current and widely used in practice by professional nutritionists. The food pyramid is the more appropriate guide? This guide really shows results when used in clinical practice? What influence they have on food education? Provides satisfactory results? The method that will be conducted this research is the literature review, through a search of updated data in scientific journals, books, Web sites and scientific


articles. The contents analyzed for preparation work and the authors are nationals. Processes are methodological, analytical, synthetic because they will be read several times, reflective because it makes us reflect on the subject, descriptive because it makes us describe and understand more about
the subject, because quality takes into consideration the quality of life, because it talks about the social society General and Comparative because it compares several authors. For education to be effective food is needed it is initiated as soon as possible, before the pathology, complications and symptoms begin to appear. Therefore, a balanced diet following the guidelines of the national food pyramid, along with physical exercise prevents and helps prevent the increase in population of obese and overweight. The purpose of this review will be to expand and disseminate the concept and importance of the educational method of the food pyramid, ie, food education, in order to prevent the onset or prevalence of eating habits and obesity as a consequence.



Key words: feeding; prevention; pyramid, guide, education.



INTRODUÇÂO


O estilo de vida de uma determinada população, na maioria das vezes, determina a maneira de se alimentar dos mesmos. Sendo assim, quando a cultura já está estabelecida, principalmente em adultos, é quase que impossível mudá-la (Bottoni, 2002). O nosso hábito alimentar é adquirido durante toda a vida, mas nos primeiros anos é um período muito importante onde primordialmente ele se estabelece. Por isso, na infância, é de extrema importância uma alimentação adequada para a manutenção de um bom estado de saúde (Colucci, 2003).  
A trajetória da educação alimentar no nosso país e seu pequeno vínculo com as políticas alimentares e a nutrição em vigência tem sido bastante discutida por diversos autores. Da década de 40 até a década de 60, o desenvolvimento de alguns instrumentos que ensinassem as pessoas carentes a comer foi priorizado o que caracterizou uma mudança no comportamento alimentar. Logo, em 1970, várias críticas foram feitas à educação alimentar que ensinava as pessoas carentes a comer alimentos com valor nutricional baixo, então, logo a suplementação foi à norteadora das políticas. Em meados da década de 80, a educação nutricional se tornou mais crítica na luta contra a fome e a desnutrição, influenciando nos conteúdos da matéria de educação nutricional para formação de nutricionistas. Em seguida (1990), a alimentação se tornou um direito humano (Santos, 2005).
Nos EUA, no ano de 1916, o USDA (United States Department of Agriculture) teve a idéia de juntar os alimentos em um folheto que se chamava Food for Young Children. Com o correr do tempo, esses “guias” foram mudando de forma (como exemplo: rodas, quadros, pirâmides) e mudando também de números de agrupamento, mas durante todo esse tempo à intenção era a mesma

de conseguir apresentar um bom guia para a alimentação saudável. Finalmente, optaram pela Pirâmide Alimentar que enfoca a prevenção de doença e a promoção de saúde (Mahan, 2005).
 Já no Brasil pensando em promover os hábitos saudáveis e a saúde criou-se um guia alimentar, e também foi escolhida a forma de pirâmide, para se estabelecer os níveis e a quantidade de alimentos (Bottoni, 2002). Após vários estudos comparativos, optou-se pela pirâmide alimentar norte-americana descrita anteriormente como auxílio para se desenvolver uma nova pirâmide com caracterização e distribuição de alimentos nela contidos (Philippi, 1999).
Os guias alimentares têm a função de educar, e as pirâmides juntamente com as mensagens objetivas e simples acarretam em um bom entendimento em todas as culturas e classes sociais, dos conceitos e das recomendações nutricionais (Bottoni, 2002). Esses guias são usados para descrever as recomendações qualitativas e quantitativas dos padrões de dietas baseadas em dados científicos (Barbosa, 2005).


1  NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO


A nossa alimentação é influenciada por diversos fatores: acessibilidade física e financeira, sabor, variedade, cor, harmonia e segurança sanitária. Devido a isso, as pessoas não se alimentam apenas buscando suprir as necessidades orgânicas de nutrientes, mas se alimentam buscando uma alimentação agradável para elas mesmas (Saúde, 2005). Uma dieta equilibrada em qualidade e quantidade faz com que o nosso organismo adquira a energia necessária para desempenhar as suas funções e auxilia a manter um bom estado de saúde.


2   EDUCAÇÃO NUTRICIONAL


A educação capacita a pessoa a se comportar diante das situações da sua vida, com aproveitamento de suas experiências. Já a educação nutricional é uma parte da área de nutrição que incorpora os hábitos saudáveis de acordo com o estilo de vida em torno do modo de se alimentar.
O resultado que devemos esperar é uma boa educação alimentar e a prática de uma boa e desejável alimentação. Ela geralmente consiste em orientações sobre alimentação com práticas educativas para uma transmissão de conhecimentos.
         Muitas vezes a educação nutricional é baseada em nutrientes e alimentação teórica, e essa abordagem deve ter a participação de especialistas no assunto, ou seja, implica na participação de vários setores, porque só assim vamos conseguir implantar hábitos alimentares saudáveis (Marchini, 2008).
O papel da educação nutricional está totalmente ligado à produção de informações que sirvam de subsídios para auxiliar os indivíduos no seu poder de decisões e escolhas.
Assim, pode-se afirmar que as práticas educativas devem ser consistentes fazendo uso de vários recursos tecnológicos de comunicação, garantindo o acesso à informação de boa qualidade. Seria bom questionar o papel do profissional da área da saúde, em particular o nutricionista, nessa área, pois esses profissionais são os principais transmissores dessas informações na promoção das práticas alimentares saudáveis (Santos, 2005).  


3        GUIAS ALIMENTARES


Guias alimentares são definidos como: orientações dietéticas que se constituem em componente da política de saúde e são destinados ao público em geral. Eles carregam semelhanças bem definidas como as regras de higiene.
Galego, em 1800 anos atrás, considerou alguns fatores importantes para a saúde e que o individuo poderia exercer controle, como exercício, dieta e sono e esses conceitos foram à força que impulsionou movimentos pela saúde, sendo à base dos guias alimentares atuais (Silva, 2007).
Podemos dizer que são dois os objetivos desses guias: Orientar os consumidores para que as dietas sejam escolhidas adequadamente para se ter uma boa saúde por mais tempo; e aconselhar sobre a alimentação para diminuir o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas (Silva, 2007).
E o estabelecimento deles tem por finalidade orientar a população quanto à escolha, forma e quantidade dos alimentos que serão consumidos (Barbosa, 2005).
Eles devem: ser úteis para o público alvo; ter uma visão global da dieta; ser baseados em pesquisas atualizadas; ter uma forma realista de suprir as necessidades nutricionais utilizando-se da dieta habitual de cada população; ser dinâmicos, permitindo o máximo de flexibilidade para a escolha dos alimentos, a fim de suprir as necessidades nutricionais do individuo; e ser práticos, com os nutrientes e energia adaptados segundo a idade, sexo e atividade física (Philippi, 1999).
        E em relação as suas características, podemos citar: têm orientações de consumo sobre não nutrientes como fibras, e de nutriente não essencial, como colesterol; é de baixo custo e fácil operacionalização; são expressos em linguagem de fácil compreensão; apresentam orientações gerais
sem especificação para diferentes grupos da população; e inclui metas para a população alcançar dentro de algum prazo no futuro. Para dizermos que um guia é eficiente e prático, a avaliação deve ser contínua e com adaptações em função da população destinada, respeitando a disponibilidade dos alimentos e os hábitos alimentares locais (Silva, 2007).
Esses guias classificam-se em qualitativos e quantitativos. Os quantitativos dizem à quantidade que deve ser consumida de cada grupo de alimentos, já os qualitativos informam sobre os alimentos que devem ser evitados e os que devem ser ingeridos.
Vários países apresentam seus guias de acordo com o estilo de vida existente, necessidades dos nutrientes e disponibilidade dos alimentos. Visando melhorar os hábitos alimentares, as principais orientações sobre alimentação no Brasil foram reunidas em um guia alimentar em forma de pirâmide com o estabelecimento de porções de alimentos e níveis (Marchini, 2008).


4        PIRÂMIDE ALIMENTAR COMO GUIA NACIONAL

           
A pirâmide é um guia que permite a socialização do conhecimento da alimentação e nutrição capaz de orientar e permitir a população brasileira a ter uma seleção de alimentos mais saudáveis considerando as realidades sociais, culturais e econômicas do povo (Silva, 2007).
A forma piramidal caracteriza os alimentos e ajuda os indivíduos a planejar suas refeições (Marchini, 2008).
Nela, os alimentos são divididos em oito grupos sugerindo mais importância e participação aos alimentos que estão nos grupos da base para o topo da pirâmide.
Eles estão apresentados em forma de porções.
Porção é a quantidade exata do alimento na sua forma de consumo (xícara, colheres, fatias, gramas). Portanto, para cada nível da pirâmide foram estabelecidas às porções dos alimentos, sendo que, os alimentos de certo grupo jamais podem ser trocados pelos de outros grupos (Bottoni, 2002).
       
     
Figura 1 – Pirâmide alimentar adaptada.
Fonte: Philippi, 1999, p. 5.


Os grupos são os seguintes (conforme figura 1): grupo 1 do arroz, massa, pão, batata e mandioca (de 5 a 9 porções); grupo 2 das verduras e legumes ou hortaliças (de 4 a 5 porções); grupo 3 das frutas (de 3 a 5 porções); grupo 4 das carnes e ovos (de 1 a 2 porções); grupo 5 do queijo, leite e iogurte (3 porções); grupo 6 dos feijões (1 porção); grupo 7 dos óleos e gorduras (de 1 a 2 porções); e grupo 8 dos açúcares e doces (de 1 a 2 porções) (Silva, 2007). 
      Então, para cada nível do guia foram estabelecidas às porções dos alimentos que são equivalentes de energia (Kcal), sendo que esses dados foram retirados de um programa de informática chamado “Virtual Nutri”, conforme mostrado no parágrafo abaixo (Marchini, 2008).
No grupo 1, uma porção de 150Kcal equivale a 4 colheres (de sopa) de arroz ou macarrão ou 4 biscoitos salgados e 1 pão francês. Já no grupo 2, uma quantidade de 15 Kcal se refere a 15 folhas de alface ou 2 folhas de acelga ou 1 tomate ou 2 colheres (de sopa) de cenoura ralada. No terceiro grupo, uma porção de 35 Kcal equivale a ½ banana nanica ou ½ fatia de abacaxi ou ½ maça ou ½ copo de suco de laranja. No grupo 4, uma porção de 120Kcal se refere a 1 copo de iogurte ou uma fatia de queijo de minas ou 1 xícara de leite. No quinto grupo, uma porção de 190 Kcal equivale a 1 filé de frango grelhado ou 1 ovo frito ou 1 fatia de carne assada. Já no grupo 6, uma quantia de 55 Kcal se refere a 2 colheres (de sopa) de lentilha ou soja, ou 4 colheres (de sopa) de feijão ou 2 colheres (de sopa) de grão de bico (Bottoni, 2002). No sétimo grupo, uma porção de 73 Kcal equivale a 1 colher (de sopa) de óleo vegetal ou ½ colher (de sopa) de margarina. E, por fim, no grupo 8, uma quantia de 110 Kcal se refere a 1 colher (sopa) de açúcar refinado ou 2 ½ colheres (de sopa) de mel ou 1 colher (de sopa) de doce de leite cremoso ou geléia de frutas (Marchini, 2008).

Tabela 1 – Distribuição das porções de acordo com os grupos de alimentos e o valor calórico                    das dietas
GRUPOS
DIETA
1600KCAL
DIETA
2200KCAL
DIETA
2800KCAL
Arroz, massa, pão, batata e mandioca.
5
7
9
Verduras e legumes.
4
5
Frutas.
3
4
5
Leite, queijo e iogurte.
3
3
3
Carnes e ovos.
1
2
Feijões.
1
1
1
Óleos e gorduras.
1
2
2
Açúcares e doces
1
2
Fonte: Silva, 2007, p. 176.
     
               Para auxiliar na aplicação da pirâmide foram criadas três dietas com quantidades calóricas diferentes visando atender a maior parte da população. Foram considerados: peso, altura, sexo, idade e nível de exercício físico. E para cada dieta foram estabelecidos os números de porções de cada grupo, de acordo com a tabela 1 (Marchini, 2008).
               A dieta de 1600Kcal é indicada para adultos, idosos e mulheres sedentárias. Já a dieta de 2200Kcal é usada para crianças, adolescentes do sexo feminino, homens sedentários e mulheres de atividade física intensa (As gestantes às vezes precisam de mais calorias). Agora, a dieta de 2800Kcal se usa para homens com atividade física intensa, mulheres com atividade física muito intensa, e adolescentes do sexo masculino. Vale lembrar também que, as necessidades do grupo do leite podem ser maiores para adolescentes, idosos e adultos (Bottoni, 2002).  
Para cada dieta que foi estabelecida, de acordo com a Tabela 2, se obtiveram porcentagens para a quantidade de proteínas (10 a 15%), carboidratos (50 a 60%) e lipídeos (20 a 30%) (Philippi, 1999).


Tabela 2 – Quantidade de carboidratos, proteínas e lipídeos nas dietas
Dietas (Kcal)
Proteínas
Carboidratos
Lipídeos

%
%
%
1600
15
61
23
2200
14
58
27
2800
15
60
25
Fonte: Philippi, 1999, p. 68.

               Na base do guia, no primeiro grupo as porções estão definidas entre 5 e 9. As 5 porções significam que para quem tem como recomendação a dieta de 1600Kcal pode comer, no mínimo, como exemplo 4 colheres (de sopa) de macarrão ou arroz, 1 pão francês, 4 biscoitos salgados, 3 colheres (de sopa) de farinha de mandioca e uma fatia de bolo durante todo o dia. Já a recomendação de 7 porções é para as pessoas que devem seguir a dieta de 2200 Kcal e a de 9 porções para as dietas de 2800 Kcal, representando a possibilidade de comer além das 5 porções exemplificadas, outros alimentos do grupo, ou maiores quantidades deles até completar 9 porções. Esse raciocínio deve ser seguido para os demais níveis do guia (Bottoni, 2002).
               O grupo dos cereais, por ser o de maior número de porções, as orientações devem ser criteriosas. Essa recomendação pode ser reforçada e deve-se observar a quantidade de gordura saturada, principalmente em alimentos industrializados. Em relação ao grupo as frutas e vegetais, o Brasil é um país muito extenso e ocasiona uma boa diversidade deles, por isso, deve ser estimulado o consumo desses alimentos cultivados em cada região por serem de fácil acesso e do hábito alimentar da população. Já os grupos seguintes (leite, queijo e iogurte; carnes, ovos; e feijões) por serem todos de origem protéica e do mesmo nível podem ser substituídos entre si. E os últimos grupos, óleos e gorduras, foram colocados separados para auxiliar na orientação (Silva, 2007).
      Nossa população é acostumada a adicionar açúcar em bebidas, como sucos e café, e tem o hábito de consumir sobremesas (doces) no intervalo das refeições, e a fritura é sempre preferida pelos brasileiros. Então, devem-se recomendar outras formas de preparo, como grelhados e assados (Silva, 2007).  
E, para finalizar a revisão, com base na pirâmide alimentar foram estabelecidas algumas recomendações visando complementar a orientação nutricional: se ingerir bebida alcoólica, fazer com moderação; beber, no mínimo, de 6 a 8 copos de água por dia; Fazer uso com moderação de doces, açúcar, sal e alimentos ricos em sódio; escolher uma dieta bem variada incluindo todos os grupos da pirâmide; preferir os vegetais, como verduras, legumes e frutas; levar em consideração o estilo de vida para atingir o peso ideal: planejando a dieta de maneira adequada e fazendo atividade física cerca de 30 minutos por dia; mudar os hábitos inadequados gradativamente, pois medidas radicais não são recomendadas; consumir grãos integrais (farinha, pães, arroz); preferir os alimentos em sua forma natural, ás preparações assadas, cozidas em água ou vapor, grelhadas, para garantir um melhor valor nutritivo; sempre analisar os rótulos dos alimentos industrializados para escolher melhor o alimento que será consumido e analisar o valor nutritivo; e consumir alimentos com baixo teor de gordura, dando preferência às insaturadas (margarina e óleo vegetal), leite desnatado e carnes magras (Silva, 2007).


5 IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA DA PIRÂMIDE COMO GUIA NACIONAL NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR


              A pirâmide alimentar é considerada um guia pessoal e bem flexível, pois traz um resumo dos alimentos que devem ser ingeridos todos os dias e as informações gerais sobre a escolha dos mesmos. Ela apresenta a quantidade exata de calorias e os nutrientes essenciais para se manter o peso ideal e a manutenção da saúde (Bottoni, 2002).
             Essa quantidade de alimentos apresentada se constitui uma ferramenta muito importante na preparação de dietas como subsidio para guias alimentares e é bem informativa e clara, possibilitando fácil entendimento e aplicação (Philippi, 1999).
              A pirâmide também é útil no monitoramento nutricional para se verificar as diferenças no consumo alimentar recomendado e o atual, e vem sendo utilizada como uma boa ferramenta de orientação nutricional (Barbosa, 2005).
     


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluiu-se que a educação alimentar é de extrema importância para o controle de peso da população brasileira. Ao término desse artigo pode-se perceber que uma das melhores maneiras para se evitar o aparecimento e a prevalência de hábitos alimentares inadequados é o uso da pirâmide alimentar nacional como guia, com a finalidade de prevenir e tratar as complicações e as patologias relacionadas, inclusive à obesidade. Vale lembrar, que o nutricionista é de extrema importância para se ampliar e divulgar a pirâmide, através de atendimentos individualizados, trabalhos informativos e palestras para a população saudável e de risco; esse profissional também é essencial para orientar e ressaltar a importância da alimentação e nutrição adequada (através da pirâmide) na população de baixa renda que no nosso caso, é dominante no nosso país. Ou seja, a Pirâmide alimentar nacional é de grande ajuda na atuação do Nutricionista e na melhora da alimentação da nossa população.   

REFERÊNCIAS


Barbosa RMS et al. Consumo alimentar de crianças com base na pirâmide alimentar brasileira infantil, SP. Revista de Nutrição, Campinas,18(5);634,35,40 set./out. 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n5/a06v18n5.pdf >. Acesso em: 9 jun. 2010.

Bottoni A. et al. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. São Paulo: Manole, 2002, 144,51,52,54. 

Colucci ACA, Cruz ATR, Philippi ST. Pirâmide alimentar para crianças de 2 a 3 anos. Revista de Nutrição, Campinas, 16(1), jan/mar. 2003. Disponível em:  http://www.scielo.br/scielo php? script=sci_pdf&pid=S1415-52732003000100002&lng=en&nrm =isso &tln g=pt >. Acesso em: 4 set. 2010, 6.

Mahan LK, Stump SE. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 11. ed. São Paulo: ROCA, 2005, 335.

Marchini SJ, Oliveira DEJ. Ciências nutricionais: aprendendo a aprender. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 2008, 556,67,635,36,37.

Mondini L, Monteiro CA. Mudanças no Padrão de alimentação da população urbana brasileira, SP. Revista de Saúde Púlblica, São Paulo, 28(6). 1994. Disponível em: < http://www.scielo. br/scielo. php?pid=S0034-89101994000600007&script=sci_arttext&tlng=es >. Acesso em: 26 jan. 2011, 2.

Philippi ST. et al. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Revista de Nutrição, Campinas,12 (1), jan./abr. 1999. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rn/v12n1/ v12n1a06.pdf >. Acesso em: 25 maio 2010, 66,67,68,69,70,71. 




SANTOS  LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis, SP. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n 5, set/out. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1415-52732005000500011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt >. Acesso em: 13 set. 2010, 682,683,688,689.  

Saude MD, Saude SDAA, Nutrição CGDPDAE. Guia alimentar para a população brasileira. 2005. Disponível em: http://www.sonutricao.com.br/downloads/GuiaAlimentarPopulacaoBrasileira.pdf>. Acesso em: 28 maio 2010, 38,39.

Silva SMCSD, Mura JDP. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Rocca, 2007, 171,72,74,76,77.


[1] Aluna do curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade de Franca, 2010.

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